Por Wald, Antunes, Vita, Longo e Blattner Advogados
O Wald, Antunes, Vita, Longo e Blattner Advogados organizou nesta semana um debate virtual, apresentado pelo nosso sócio Arnoldo Wald Filho, que reuniu representantes dos setores público e privado para discutir os acertos e desafios da área de energia durante e após a pandemia.
O evento contou com mediação do ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e a participação de Agostinho Turbian, presidente do GCSM – Global Council of Sales Marketing, Wilson Ferreira Jr., presidente da Eletrobras, Fábio Zanfelice, presidente da Votorantin Energia e do Conselho da CESP, Patrícia Iglecias, presidente da CETESB e Marcio Rea, presidente da EMAE.
Alckmin iniciou o debate questionando sobre como a pandemia impactou as empresas e os desafios pela frente, abrangendo tópicos como investimentos, privatizações, suprimentos de energia com a retomada das atividades e valorização de energia limpa. Wilson Ferreira Jr., da Eletrobras, apontou que durante a pandemia a empresa ampliou sua participação de 30% da capacidade instalada no país para 42%. Pontuou ainda que, durante a pandemia, a Eletrobras – que tem mais de 12 mil empregados – tem atuado com cerca de 4,5 mil funcionários trabalhando presencialmente e o restante em teletrabalho.
Fábio Zanfelice, da CESP (Companhia Energética de São Paulo), disse que e a principal preocupação inicial se deu com o bem-estar e a saúde das pessoas. Segundo ele, muitos foram trabalhar em “home office” e, nas usinas, houve um trabalho intenso para garantir o distanciamento social e efetivar as medidas de segurança, e o suprimento de energia elétrica se deu satisfatoriamente, além de, por meio de negociações bilaterais e amigáveis, ter se conseguido aliviar as pressões para a maioria dos clientes, principalmente em abril e maio, meses mais críticos.
A diretora-presidente da CETESB, Patrícia Iglecias, afirmou que vê uma tendência de retomada “mais verde”, a partir da verificação de que os próprios investidores têm cobrado uma posição empresarial com a devida importância à sustentabilidade, baseada no equilíbrio entre os componentes ambientais, sociais e econômicos.
Para Márcio Rea, presidente da EMAE (Empresa Metropolitana de Águas e Energia Elétrica), a adesão da empresa ao regime de cotas estabelecido pela Medida Provisória n. 578/2012 foi positiva. Isso porque a garantia física da Usina Henry Borden, com as restrições, passou a ser de apenas 127 MW médios. Assim, a sua receita de geração ficaria muito reduzida não fosse a adesão. Além disso, os equipamentos da usina estavam ultrapassados e, com a cotização, a empresa passou a receber uma receita adicional, o que permitiu a atualização do parque gerador por meio da substituição de equipamentos de baixa eficiência por novos com tecnologia de ponta.
Com informações da CETESB.